A criminalidade violenta baixou 16,3 por cento no distrito da Guarda em 2018 comparativamente a 2017, segundo dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que foi entregue na sexta-feira na Assembleia da República.
De acordo com o documento, no ano transato houve 67 crimes violentos na região, tendo-se registado quatro casos de roubo na via pública (-66,7 por cento), cinco por rapto e sequestro (-37,5 por cento), seis por violação (0 por cento) e outros seis por extorsão (+200 por cento). As autoridades referenciaram ainda dez crimes de ofensa à integridade física voluntária grave (+42,9 por cento) e onze por roubo por esticão (-26,7 por cento), tendo havido ainda 20 casos de resistência e coação sobre funcionário, um número idêntico ao registado em 2017. Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave apenas subiu em três dos 18 distritos do continente, são eles Beja, Leiria e Vila Real. Em contraciclo com a tendência nacional, estes crimes também diminuíram (-8,6 por cento) na Madeira e nos Açores.
Os crimes violentos e graves diminuíram 42,5 por cento nos últimos dez anos, representando 4,2 por cento de toda a criminalidade participada em 2018, segundo o relatório. Os crimes que mais contribuíram para esta diminuição foram o roubo por esticão, que desceu 18,6 por cento (menos 734 participações) e o roubo na via pública sem ser por esticão, que baixou 9,4 por cento, menos 552. Em sentido contrário, entre os crimes violentos que mais subiram, foram o homicídio voluntário consumado, que aumentou 34,1 por cento e os crimes de extorsão, que subiram 46,4 por cento em relação a 2017. No distrito de Castelo Branco, a criminalidade violenta baixou 6 por cento, com 78 crimes participados às autoridades. Em 2018 houve oito casos de rapto e sequestro (+700 por cento), nove crimes de ofensas à integridade física voluntária grave (-18,2 por cento) e dez crimes de roubo por esticão (-23,1 por cento). Registaram-se também 15 situações de roubo na via pública (-31,8 por cento) e 22 crimes de resistência e coação sobre funcionário (+15,8 por cento).
Criminalidade violenta desce mais na Guarda que em Castelo Branco
Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018 regista um crescimento de 200 por cento dos crimes de extorsão comparativamente com o ano anterior