Região

Movimento quer abolição das portagens na agenda das legislativas

Cerca de 400 pessoas reclamaram a abolição das portagens na A23 e A25 no passado dia 15, em Vilar Formoso, e apelaram aos partidos que coloquem o assunto na agenda das legislativas.
A tribuna pública convocada pela Plataforma Pela Reposição das SCUT naquelas duas autoestradas que servem a região juntou sindicalistas, empresários, autarcas e populares portugueses e espanhóis. Um dos oradores foi Luís Garra, da União de Sindicatos de Castelo Branco, que disse que a luta pela abolição das portagens vai continuar tendo em conta que os defensores estão «cada vez mais unidos» e cada vez são mais. «Desafiamos os partidos políticos a inscreverem a abolição das portagens nos seus programas eleitorais para as legislativas», declarou o sindicalista, avisando que quem não o fizer, «de forma clara e taxativa», vai ter «a nossa denúncia e oposição». Vicente Andrés, representante das Comissiones Obreras de Espanha, considerou que o Governo português tem de retirar as portagens da A23 e A25 porque encarecem os produtos que as empresas “produzem e fabricam”, sendo também penalizadoras para os trabalhadores dos dois lados da fronteira, pelo que é «imprescindível» que as portagens sejam abolidas.
Presente na ação, o presidente da Câmara de Almeida, António Machado, admitiu aos jornalistas que as portagens foram «um arrombo para o interior», que paga «um preço demasiado elevado». E exemplificou, dizendo que quem «visitavam constantemente a região deixou de o fazer» e que as empresas «até têm saído» do território devido aos custos com as portagens. Já Luís Veiga, representante do Movimento de Empresários pela Subsistência do Interior, declarou «uma vergonha» o que se passa em Portugal, porque não há vias alternativas às autoestradas portajadas.

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Jornal O Interior

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