Sociedade

Novo empresário pode reabrir Confama

Escrito por Luís Martins

Revelação foi feita por Carlos Chaves Monteiro no final da última reunião de Câmara. Presidente espera agora que pedido de insolvência da fábrica de confeções de Famalicão da Serra «se resolva em defesa dos postos de trabalho». Autarca está também «preocupado» com o futuro da Associação Comercial.

Há uma luz ao fundo do túnel para a Confama, a fábrica de confeções de Famalicão da Serra que encerrou no final de fevereiro e deixou cerca de 70 trabalhadoras desempregadas.
O presidente da Câmara da Guarda revelou na segunda-feira, no final da reunião do executivo, que há «a possibilidade» de a empresa reabrir. «Há um interesse efetivo de um empresário do ramo em retomar a laboração e esta semana poderá haver desenvolvimentos», afirmou Carlos Chaves Monteiro, adiantando que está prevista uma reunião do antigo proprietário com as trabalhadoras. «Estamos convictos que o empresário interessado irá investir», sublinhou o edil, que também vai reunir com os empresários para «agilizar procedimentos e ver que apoios a Câmara poderá conceder». Carlos Chaves Monteiro garantiu que a autarquia «tudo fará» para que a empresa reabra. «Só não sabemos quando e com quantos funcionários», acrescentou o presidente. Outra dúvida prende-se com o desfecho do pedido de insolvência entretanto apresentado no Tribunal da Guarda pelo próprio dono da fábrica de confeções por não ter capacidade financeira para cumprir os seus compromissos de dívida junto da Caixa Geral de Depósitos e a Segurança Social. «A existir, espero que tudo se resolva em defesa dos postos de trabalho», afirmou.
Incerto continua o futuro da Dura Automotive, a empresa de componentes para automóveis que no final de agosto vai perder o seu principal cliente, atualmente responsável por 50 por cento da produção da fábrica de Vila Cortês do Mondego. «Está tudo na mesma. A Câmara tem estado em contacto com a AICEP e com a Secretaria de Estado da Economia para que intercedam junto da administração da multinacional para deslocalizar alguma da produção do Carregado para Vila Cortês, onde há espaço e mão de obra qualificada», disse Carlos Chaves Monteiro. De resto, o autarca referiu que o município guardense tem «sempre dado resposta positiva» aos pedidos da AICEP para localização de empresas, mas admitiu que, «infelizmente, ainda não “pescámos” nenhum desses investimentos.
O autarca também comentou a situação da Associação Comercial da Guarda, alvo de um pedido de insolvência, conforme noticiou O INTERIOR na semana passada. «A Câmara está preocupada com o futuro desta instituição centenária que atualmente não tem órgãos diretivos e vive uma situação financeira muito complicada. Fiquei admirado com o pedido de insolvência e não gostaria que isso acontecesse porque é uma instituição essencial na comunidade», afirmou o edil guardense. Carlos Chaves Monteiro espera agora que surjam associados com uma solução diretiva – as eleições estão marcadas para 7 de junho – e garante que o município será «sempre parceiro na resolução dos problemas». «Estamos disponíveis a definir projetos em conjunto para dar maior dinâmica aos novos dirigentes. O plano de atividades será fundamental para a Câmara cooperar e apoiar na medida das suas possibilidades», sublinhou o presidente do município.

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