Sociedade

Câmara da Covilhã executou 43,7 milhões de euros e reduziu dívida em 2018

Escrito por Jornal O Interior

A Câmara da Covilhã aprovou na semana passada o Relatório e Contas de 2018, que reflete uma execução orçamental de 43,7 milhões de euros e uma redução da dívida.
«Estas contas contêm números históricos e resultados imbatíveis, que dizem bem do esforço que temos feito no sentido de estabilizar definitivamente as nossas finanças. Estamos a falar de uma execução orçamental de 85 por cento e da redução do endividamento, sendo que deixámos de estar na zona vermelha e passámos ao princípio de normalização da nossa vida financeira», afirmou Vítor Pereira. O autarca socialista falava após a reunião privada do executivo, realizada no passado dia 23 de abril, durante a qual o Relatório e Contas relativo a 2018 foi aprovado por maioria, com o voto contra do CDS-PP.
De acordo com os dados da autarquia, o valor global do orçamento de 2018 fixou-se em 51 milhões de euros e foram executados 43,7 milhões, o que representa uma taxa de execução de 85 por cento, que foi classificada como uma «marca inigualável» pelo autarca socialista.
«É uma execução que não é fictícia. É real, concreta e objetiva e os números não enganam, estão lá e não dão margem para dúvidas», afirmou Vítor Pereira. O presidente da Câmara sublinhou ainda a redução da dívida alcançada desde que tomou posse para o primeiro mandato e referiu que, desde 2013, o passivo global já passou de 150 milhões de euros para os 76 milhões de euros. No último ano, o passivo global diminuiu em 16 milhões de euros e parte dessa redução é relativa à dívida bancária, que passou dos 45,8 milhões de euros para 37,5 milhões, acrescentou.
Resultados que, ainda assim, mereceram o voto contra do vereador centrista José Luís Adriano que, em substituição de Adolfo Mesquita Nunes, foi o único vereador da oposição presente nesta reunião. O centrista considerou que a execução apontada pela maioria é «enganadora» e sublinhou que houve execuções «manifestamente insuficientes e reveladoras da ineficácia da gestão autárquica».
Para o CDS, há várias rubricas com baixa execução, tais como a construção e reparação de edifícios (6,2 por cento), os transportes (23,6 por cento), a proteção civil e luta contra incêndios (36 por cento) ou a requalificação urbana (0 por cento). José Luís Adriano referiu ainda que redução da dívida poderia ter sido superior se a Câmara tivesse ido mais longe e alargado o valor da operação de substituição e amortização de dívida e criticou o aumento de 600 mil euros que se verifica nas despesas com pessoal, quando simultaneamente se continua a proceder à contratação de serviços externos.

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