O Sporting da Covilhã conseguiu mais um ponto na luta pela manutenção ao empatar, no domingo, com o Vizela. No segundo jogo consecutivo em casa, os locais poderiam ter dado um passe de gigante para a permanência na Liga de Honra, mas os pontos falaram mais alto e as duas equipas arriscaram pouco nesta partida.
O espectáculo foi muito pobre, numa tarde em que o complexo registou uma excelente casa, mas os espectadores devem ter saído bem defraudados. Os serranos entraram com uma equipa demasiado defensiva, deixando apenas quatro elementos no ataque. E durante a primeira parte o Covilhã raramente incomodou o guardião do Vizela, dada a inoperância dos dianteiros locais. Foi mesmo a equipa visitante que controlou as operações, mas esbarrou sempre na muralha leonina. O único lance de perigo deste período acabou por ser um pontapé livre de Hélder Sousa, a que Serrão se opôs bem. No final do primeiro tempo, o público desesperava por uma jogada com pés e cabeça. No regresso das cabinas a partida melhorou um pouco, com o Covilhã a tentar jogar mais perto da baliza adversária. Logo aos 57’ Rui Morais teve uma excelente incursão, mas o cruzamento não encontrou ninguém. Cinco minutos depois, o Vizela criou a melhor situação de golo de toda a partida. Bock rodou muito bem e disparou para golo, só que a bola bateu no poste. Serrão estava completamente batido.
Aos 64’, Rui Morais furou de novo a defesa do Vizela, mas Oliveira, em boa posição, cabeceou ao lado. Parecia que o bom futebol estava finalmente a aparecer, mas foi sol de pouca dura, já que a necessidade de pontuar voltou a acalmar as equipas. E foi bem perto do fim que os serranos criaram as suas duas únicas situações de golo no encontro. Aos 84’, Piguita marcou um livre ainda dentro do seu meio-campo, com a bola a ser desviada por Luizinho e a obrigar Márcio Ramos a defender para a linha de fundo. Na sequência do canto, o cruzamento saiu para o segundo poste onde Real tentou o golo, que o guardião vizelense negou com uma grande defesa. A arbitragem foi muito positiva, sem dúvida a melhor equipa em campo. No final, João Salcedas, técnico do Covilhã, considerou que as duas equipas mostraram «receio» e que o resultado final é o «espelho» dessa atitude. Já Carlos Garcia, treinador do Vizela, afirmou que o equilíbrio foi a nota dominante, pelo que o nulo é o resultado «mais coerente».
Francisco Carvalho


