P – Como explica a longevidade do programa Escape Livre?
R – Costumo descrever essa longevidade com uma frase de Confúcio, que diz: “Aonde fores vai com todo o teu coração”. Traduz bem a forma como o Escape Livre tem singrado ao longo destes 33 anos. Porque desde do início que tudo o que temos feito tem sido empenhado em conseguir uma boa informação automóvel na nossa região, para sermos uma referência regional, com destaque a nível nacional.
P – Na passagem do 33º aniversário, o programa Escape Livre continua com velocidade para se aguentar por muitos mais anos?
R – Acredito que sim. A nossa mudança para a Rádio Altitude acabou por motivar ainda mais a equipa. Nos últimos tempos já tínhamos vontade de acelerar a colaboração com a rádio onde nos encontrávamos, por um motivo ou por outro, isso não foi possível. Daí que este desafio que nos foi proposto pela nova administração e pela nova direcção da Rádio Altitude tenha criado as condições para justificar o nosso regresso às origens. Acredito que o lema “Mais rádio, Melhor rádio” da nova Altitude FM corresponde àquilo que o Escape Livre deseja. Ainda acrescentamos credibilidade e notoriedade com um programa que tem uma história de muitos anos.
P – Como é que se processa este regresso à Rádio Altitude?
R – O Escape Livre podia continuar sossegadamente a transmitir na estação emissora onde estávamos. Contudo, desejávamos ser mais interventivos, ter mais reportagens, ter uma dinâmica dentro da própria rádio. O que não foi possível, apesar dos nossos esforços em criar esses interesses. Há alguns anos que andávamos a ser desafiados para regressar à Altitude e esta conjugação de factores acabou por resultar agora.
P – É uma responsabilidade ser o programa mais antigo da rádio em Portugal?
R – Quando pretendemos construir algo de positivo, que possa ser uma referência ou motivar toda uma região e possa ser considerado uma referência a nível nacional, é uma grande responsabilidade. O Escape Livre tem enfrentado bem essa responsabilidade, com o empenho de toda uma equipa, que nunca baixou os braços e que quer continuar a ser essa referência a nível local e nacional. Não é fácil, ao longo de 33 anos e em mais de 1.500 programas, manter esta actualidade e dinâmica. Tudo isto só é possível graças ao esforço e trabalho desenvolvido todas as semanas para oferecer o melhor programa automóvel.
P –Há alguma novidade na dinâmica habitual do programa?
R – Este ano vai ficar marcado por um maior número de reportagens, a nível local, nacional e inclusivamente internacional. Vamos retomar várias reportagens que nos últimos anos não estavam a ser desenvolvidas. Queremos com isso manter os ouvintes que tínhamos e alargar o leque. Nomeadamente, a nossa região começa a ter cada vez mais provas e nós queremos estar perto dos pilotos da Guarda. Desde o autocross, que se realiza em Vila Nova de Foz Côa, passando pelo Rali Cidade da Guarda ou pela Rampa Internacional da Serra da Estrela, entre tantas outras. Queremos que os ouvintes estejam por dentro de todos estes acontecimentos.
P – O Escape Livre é um programa de rádio, uma revista, uma gala e organiza vários passeios de todo-o-terreno. Haverá mais alguma novidade?
R – Convém explicar que a família Escape Livre começou com o programa de rádio em 1973. Mais tarde, em 1986, nasceu o Clube Escape Livre que foi fundado pelas pessoas que faziam o programa radiofónico. Que a partir desse momento passou a ter só informação automóvel e o clube assumiu todos os eventos e actividades no capítulo automóvel, como ralis, todo-o-terreno, slaloms, entre outros. Mais tarde nasceu o Escape Livre on-line, o nosso lugar da Net que permite a qualquer pessoa aceder a toda a informação. Finalmente, temos ainda a Escape Livre Magazine e uma página no jornal “A Guarda”. Ou seja, temos uma panóplia de informação através de diversos meios, que permitem que o Escape Livre seja uma informação credível em toda a região. Agora, vamos tentar melhorar em todos estes capítulos.