Continua o braço de ferro contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Almeida.
Marcelo Rebelo de Sousa recebeu na passada semana o autarca António Baptista Ribeiro e garantiu que «não havia portas fechadas» ao diálogo, esperando que as conversas possam «dar frutos». Esta reunião aconteceu uma semana depois do chefe do Estado ter recebido os presidentes do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CGD, Rui Vilar e Paulo Macedo, respetivamente, para debater o fecho daquele balcão. Entretanto, a deputada social-democrata Ângela Guerra levou o assunto à Assembleia da República, com uma declaração política individual em que lembrou as privações que esta decisão causa aos almeidenses. A eleita pelo círculo da Guarda acusou o Governo de ter «“cidadãos de segunda”, os que vivem lá longe, num interior esquecido, ou apenas usado, em belos dias de proclamações políticas».
Na sua intervenção, Ângela Guerra foi mais longe e colocou em causa as pretensas poupanças do Plano de Restruturação da CGD «que ninguém conhece», uma vez que o banco público tem naquele concelho «instalações próprias e o seu “staff” de funcionários e gerência são exatamente os mesmos que hoje permanecem na delegação de Vilar Formoso». Para a deputada, se o Estatuto dos Territórios de Baixa Densidade proposto pelo PSD estivesse em vigor «estes serviços públicos jamais seriam colocados em causa, com ou sem lucros associados».


