Em dia de festa do queijo em Fornos de Algodres, a equipa local recebeu o Souropires num “derby” distrital que suscitava algumas expectativas, mas o jogo acabou por ficar empatado a zero. A equipa visitante entrou melhor na partida, explorando a ala direita, com Cedric e Alex a trocarem de posição mutuamente, o que dava mais ritmo ao ataque e era uma forte alternativa para servir Oliveira. Assim, nos minutos iniciais, o dianteiro cabeceou ao lado da baliza de Marafona.
O Fornos reagiu de pronto e Rebelo cabeceou por cima da baliza. Tudo podia acontecer, pois defrontavam-se as duas equipas do distrito da Guarda que disputam a IIIª Divisão Nacional. Deste modo, o jogo foi muito disputado a meio-campo. O Fornos voltou a criar perigo numa boa iniciativa de Carlitos, que, após recuperar a bola, surgiu pela esquerda a passar por dois jogadores e a rematar à baliza do Souropires, errando o alvo por pouco. Os visitantes também tentavam reagir, equilibrando no centro do terreno, pois, sempre que podia, Faneca subia no terreno e criava desequilíbrios, como aos 22’, quando tentou a sua sorte de longa distância. Aos 27’, Carlitos cruzou para a área, só que Valezim opôs-se bem ao remate de Rebelo. Do lado contrário, Oliveira tentava mostrar-se na frente de ataque do Souropires e, num desses lances, proporcionou a Marafona uma boa intervenção após uma grande jogada da equipa comandada por Manuel Barbosa. Para a segunda parte, o Souropires mexeu na frente e apostou forte para ganhar o jogo. Assim, com o ataque a estar por conta de Milford, bem assistido por Cedric, Oliveira e Alex, os visitantes aumentaram a pressão.
O Souropires beneficiou então de muitos cantos, mas a defesa local esteve muito atenta e foi dando conta do recado. Alex, de meia-distância, tentou alvejar a baliza fornense, mas Marafona correspondeu com uma grande defesa. Depois de algumas picardias, normais nestes jogos, sanadas rapidamente, voltou a ser o Fornos a criar perigo por Palhares, que rematou à malha lateral. Na recta final, ainda foi o Souropires que dispôs de algumas situações de perigo. Milford foi o protagonista, mas o jovem nigeriano não conseguiu marcar, fruto da boa organização defensiva dos locais. No computo geral, o empate é justo. O trio de arbitragem, chefiado por Belarmino Aleixo, acabou por ter alguma dualidade de critérios. No final, Luís Miguel, treinador do Fornos de Algodres, considerou o resultado justo: «Na primeira parte estivemos melhor, fomos superiores e tivemos duas oportunidades flagrantes, por Rebelo e Carlitos. Já no segundo tempo, o Souropires foi superior, pois tenho de ser coerente comigo próprio e com o que vi. O resultado é justo», reconheceu. Do outro lado, Manuel Barbosa, técnico do Souropires, considerou que a sua equipa beneficiou de mais oportunidades. «Não marcámos também por mérito do Fornos, que esteve bem», disse.
Cristina Sofia
