Política

Guarda ganha Secretaria de Estado no novo Governo

Escrito por Luís Martins

Rita Cunha Mendes vai ser secretária de Estado da Ação Social, que ficará sediada no antigo Governo Civil

Fez-se história na passada segunda-feira com o anúncio da nomeação de Rita Cunha Mendes para a secretaria de Estado da Ação Social e sobretudo com a escolha da Guarda para acolher esta estrutura do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, pasta entregue a Ana Mendes Godinho, deputada socialista eleita pelo círculo da Guarda. Será a primeira vez que a cidade mais alta vai acolher uma secretaria de Estado.

Segundo apurou O INTERIOR, a secretaria de Estado poderá ficar instalada no primeiro piso do edifício do antigo Governo Civil, atualmente vazio, uma vez que a PSP está a ocupar o rés-do-chão. O espaço já foi inclusivamente visitado por responsáveis para averiguar as condições existentes para acolher o gabinete da nova governante e respetivos serviços de apoio. A decisão cumpre a promessa de descentralização de serviços do Estado e da administração pública assumida por António Costa no anterior Governo e já reiterada no novo Executivo socialista, sendo que na escolha da Guarda o primeiro-ministro encontrou uma aliada de peso, Ana Mendes Godinho.

Foi o jornal “Público” que divulgou a informação em primeira mão e surpreendeu toda a gente, às 14h57, de segunda-feira. A notícia teve depois eco por cá e, ainda sem confirmação oficial, levou mesmo o presidente da Câmara a reagir com «muita satisfação» à intenção do Governo.
«Vemos com muita satisfação esta desconcentração de poderes, até porque nestes territórios devem existir estruturas que têm poder de decisão do Governo em termos diretos, junto das populações, no sentido de valorizar o nosso território», justificou Carlos Chaves Monteiro, manifestando desde logo toda a disponibilidade para colaborar na instalação da Secretaria de Estado. Também o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) da Guarda considera a decisão «muito importante para o distrito e para as instituições». Para Rui Reis, a nomeação de Rita Cunha Mendes «acaba por ser um prémio também para a forma como a ação social é desenvolvida no interior do país e, em particular, no distrito da Guarda», sendo ainda «motivo de congratulação e de grande alegria».
A nova secretária de Estado da Ação Social era vereadora da Câmara de Aguiar da Beira, da qual foi vice-presidente no mandato anterior.

Rita Cunha Mendes, de 46 anos, é licenciada em Direito pela Universidade Portucalense, no Porto e técnica superior do Instituto de Segurança Social desde abril de 2001. Foi diretora-adjunta de Segurança Social do Centro Distrital da Guarda de junho de 2008 a julho de 2011. Nesse período foi ainda diretora de Segurança Social interina do Centro Distrital da Guarda entre dezembro de 2009 a junho de 2010. Foi igualmente colunista de O INTERIOR e integrou a lista do PS às últimas legislativas no sexto e último lugar.

O INTERIOR sabe que Fábio Pinto, presidente da JS, diretor de campanha da candidatura socialista pela Guarda e número quatro da lista apresentada às eleições de 6 de outubro, pode ser chefe de gabinete de Rita Mendes ou integrar o seu gabinete. Trata-se de um lugar para o qual é requerida experiência política e bons contactos nos corredores do poder, perfil que o jovem, que fará 31 anos em dezembro, parece cumprir dado que está na Assembleia da República como assessor do grupo parlamentar do PS desde outubro de 2018. Também Marisa Fonseca, líder do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas e quinto elemento da lista às legislativas, poderá estar na calha para o cargo de adjunta da secretária de Estado.

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