Região

Bombeiros em protesto “boicotam” ANPC

Escrito por Jornal O Interior

Desde domingo que a grande maioria das corporações da Guarda e Castelo Branco não estão a reportar as ocorrências operacionais aos Comandos Distritais de Operações de Socorro desde domingo

O socorro está garantido «a 100 por cento» nos distritos da Guarda e Castelo Branco, onde a grande maioria das corporações de bombeiros não estão a reportar as ocorrências aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS).
Este é o resultado do braço-de-ferro iniciado no fim de semana entre a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e o Ministério da Administração Interna e que implica a suspensão de toda a informação operacional aos CDOS, bem como o «abandono imediato» dos bombeiros da estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Os voluntários protestam contra os diplomas sobre as estruturas de comando aprovados pelo Governo. A LBP reivindica uma direção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.
Na Guarda, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG) disse que «não há problema nenhum, ao que não está a haver é a informação do que está a decorrer no território». Segundo Paulo Amaral, os 23 corpos de bombeiros do distrito «não estão a reportar os serviços e as ocorrências quase a 100 por cento». Um cenário confirmado pelo Comandante Operacional Distrital (CODIS) da Guarda: «Alguns corpos de bombeiros estão a dar a informação operacional toda e alguns não estão a dar nenhuma informação. Outros estão a relatar o que consideram mais importante», disse António Fonseca
Em Castelo Branco o cenário é idêntico. A Federação dos Bombeiros do Distrito garante que o protesto não está a por em causa o socorro às populações. «Esse socorro continua a ser assegurado pelos bombeiros como até agora», declarou José Neves. Por sua vez, o comandante do CDOS, Francisco Peraboa, adiantou que «não está a haver qualquer transtorno. Só se notará se houver uma situação de um problema maior em que haja a necessidade de reforço de meios de nível local para o nível distrital e nacional». O responsável confirmou que, das 12 corporações existentes no distrito, «apenas Castelo Branco, Sertã e Proença-a-Nova não estão a reportar as ocorrências».

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