Sociedade

“Edifício Polifónico” liga TMG

Escrito por Luís Martins

Acesso pedonal coberto entre parque de estacionamento e edifício principal custou 340 mil euros e será muito útil nos meses de Inverno

O TMG tem um novo atrativo e não tem a ver com cultura. Trata-se da ligação pedonal coberta entre a entrada do edifício principal e o parque de estacionamento subterrâneo que foi inaugurada na sexta-feira e promete ser também um percurso sensorial.
Desenhado pelo arquiteto Carlos Veloso, autor do projeto do TMG, o “Edifício Polifónico” custou 340 mil euros e vai dar mais conforto aos utilizadores do complexo cultural sobretudo nos meses de Inverno. «Era uma obra há muito solicitada pelo público», disse o presidente da autarquia na sessão inaugural, adiantando que esta ligação vai garantir «maior comodidade, mais conforto e segurança» aos utilizadores do equipamento. «Esta construção vem valorizar o TMG, que já é uma referência da cidade em termos arquitetónicos e de programação cultural e é também o símbolo de uma Guarda moderna e ambiciosa», disse Carlos Chaves Monteiro. A ligação entre o parque de estacionamento e o TMG faz-se através de um pequeno edifício composto por «um conjunto de volumes diferenciados do ponto de vista dimensional» que proporcionam um percurso com «quebras que estabelecem uma relação com o exterior» graças a zonas envidraçadas. Há ainda um jardim que «vai percorrendo contiguamente a galeria», refere a memória descritiva do projeto.
A O INTERIOR, o arquiteto Carlos Veloso confessou ter sido «muito complicado» encontrar uma solução para o que se pretendia tendo em conta as regras de segurança aplicáveis, mas também porque «não tinha muito espaço». O guardense radicado em Lisboa adianta ter sido abordado pelo vereador Victor Amaral para desenhar esta ligação, que não existia no projeto inicial do TMG. «Houve uma abordagem com o empreiteiro ainda em obra para ligar os edifícios e fiz um estudo, que não tem nada a ver com isto, mas o valor que o empreiteiro apresentou era um absurdo e portanto não foi feito», recorda o arquiteto, que explica que o edifício se chama “polifónico” porque «tem vários sons ao longo do percurso e é também um espaço para as pessoas deixarem mensagens, livros e conviverem». Quanto ao uso do TMG pelos guardenses, Carlos Veloso está «muito satisfeito» porque o complexo está a ser usufruído para aquilo que foi concebido. «É fantástico», sublinha.
Quanto ao futuro, o arquiteto espera que se abra uma «nova frente» para o Teatro Municipal com a saída da GNR da área que confronta com a entrada principal. «Inicialmente, o “Edifício Polifónico” tinha uma concha acústica exterior e uma sala polivalente que não foram concretizadas por razões de custos, mas que podem ser concluídas quando houver essa tal alameda», anseia Carlos Veloso. O TMG abriu portas em abril de 2005 e custou cerca de 10,5 milhões de euros, dispondo de um grande auditório (626 lugares), pequeno auditório (160), um café-concerto, uma galeria de arte e um parque de estacionamento subterrâneo.

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Luís Martins

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