Sociedade

Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira iniciou hospitalização domiciliária

Escrito por Jornal O Interior

Projeto é alternativa ao internamento convencional, proporcionando assistência médica e de enfermagem aos doentes na sua casa

O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) já iniciou o projeto de hospitalização domiciliária, que deverá abranger pelo menos 200 utentes até ao final do ano.
Este programa consiste num modelo de prestação de cuidados em casa, que é uma alternativa ao internamento convencional, proporcionando assistência médica e de enfermagem aos doentes como se estivessem internados numa unidade de saúde. «Começámos a 22 de fevereiro e já tratámos seis doentes; três já tiveram alta e três mantêm-se em internamento. A nossa proposta é termos até dez camas em simultâneo e chegarmos pelo menos aos 200 utentes até ao fim do ano», adiantou o presidente do Conselho de Administração do CHUCB, João Casteleiro, na conferência de imprensa de apresentação do projeto na passada sexta-feira. O médico especificou que o serviço será assegurado por uma equipa constituída por seis enfermeiros e quatro médicos de Medicina Interna e um assistente social, sendo que o doente é visto todos os dias e há um contacto permanente entre utente e os elementos da equipa.
Além disso, em caso de necessidade, o paciente tem acesso aos exames complementares de diagnóstico ou às restantes especialidades hospitalares, exatamente da mesma forma e nas mesmas condições que um doente que esteja internado no próprio hospital. O consentimento do doente, a existência de um cuidador no domicílio e as condições da casa, juntamente a condição clínica do utente e as necessidades de tratamento são os aspetos analisados para que o doente seja abrangido. Quanto à tipologia das doenças, a hospitalização domiciliária destina-se a patologias agudas ou doenças crónicas, cujo tratamento pode ser feito em casa se existir o acompanhamento de saúde adequado. Entre os casos poderão estar, por exemplo, um doente que precisa de medicação endovenosa ou um doente crónico que terá de ajustar a medicação sob vigilância médica, entre outras situações em que o tratamento em casa não implique riscos para o utente.
«A grande vantagem é para o doente, por estar na sua própria casa e ser tratado na sua própria casa. Esse é um dos grandes benefícios, o outro será o de se contribuir para reduzir os riscos de infeções hospitalar», acrescentou João Casteleiro.

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Jornal O Interior

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