Região

Grupo Veracruz investe 50 milhões em amendoal no Fundão e Idanha

Escrito por Jornal O Interior

Serão plantadas mais de três milhões de amendoeiras em dois mil hectares de terrenos para produzir quatro mil toneladas deste fruto seco anualmente

O grupo luso-brasileiro Veracruz vai investir 50 milhões de euros em amendoal nos concelhos de Idanha-a-Nova e do Fundão.
O projeto foi apresentado na terça-feira e o objetivo é «fazer de Portugal um “player” importante no setor de frutos secos na Europa, já que pelas suas características edafoclimáticas tem todo o potencial para se assumir como uma importante referência na cultura de amêndoa, que por agora se concentra na Califórnia, responsável por 80 por cento da produção total», disse David Carvalho, sócio cofundador da empresa. Iniciado em 2018, trata-se de um dos maiores projetos agrícolas realizado no distrito de Castelo Branco com a plantação de mais de três milhões de amendoeiras em dois mil hectares. Quando estiver totalmente concluída e a produção entrar em velocidade cruzeiro estima-se uma produção anual de quatro mil toneladas de amêndoas, todas de variedades tradicionais mediterrânicas.
Em comunicado, o empresário adianta que prevê exportar cerca de 70 por cento da produção e acrescenta que a Veracruz pretende chegar aos cinco mil hectares de amendoal. O empreendimento inclui ainda a instalação de uma fábrica de descasque e processamento de amêndoa até 2021, num investimento de 6,5 milhões de euros. A unidade terá capacidade para receber e transformar a produção de outros produtores locais. O projeto prevê a criação de mais de 150 postos de trabalho diretos e indiretos nos próximos anos, sendo que a empesa aposta nas modernas tecnologias de “smart farming”, como a utilização de “drones” e a captação de imagens satélite para verificação do desenvolvimento e saúde das plantas. O grupo também quer apoiar “startups” de “agrotech” e vai estabelecer parcerias com politécnicos e universidades da região. A primeira fase de investimento, no valor de 26,3 milhões de euros, foi recentemente reconhecida com o estatuto de projeto Potencial Interesse Nacional (PIN).

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