Região

22 vinhos da Beira Interior premiados no maior concurso ibérico do setor

Escrito por Luís Martins

Mais de 900 vinhos provenientes de todas as indicações geográficas da Península Ibérica e ilhas competiram nos Prémios VinDuero-VinDouro 2019

Os vinhos da Beira Interior obtiveram treze medalhas, cinco de ouro e oito de prata, nos XVºs Prémios VinDuero-VinDouro, considerado o maior concurso ibérico do setor. Este ano os néctares da região também foram distinguidos na edição no Feminino com nove medalhas de ouro.
O concurso organizado pela associação homónima, com sede em Trabanca (Salamanca), contou com a participação de mais de 900 vinhos provenientes de todas as indicações geográficas da Península Ibérica e ilhas, que foram avaliados por um elenco de 60 provadores de prestígio, oriundos de três continentes. A gala de entrega dos galardões terá lugar em novembro durante o “Beira Interior Vinhos e Sabores”, a realizar em Pinhel. O Arribe de Ouro, concedido a vinhos que obtenham 90 ou mais pontos, foi atribuído ao Beyra Superior Tinto (2017), de Rui Roboredo Madeira, ao Boa Pergunta Branco (2018), da Cooperativa Beira Serra (Vila Franca das Naves), ao Convento de Aguiar Reserva (2015), da Adega de Castelo Rodrigo, ao Quinta dos Currais Colheita Selecionada Branco (2017), da Quinta dos Currais; e ao Quinta dos Termos Reserva Touriga Nacional Tinto (2016), da Quinta dos Termos.
Já o Arribe de Prata, para vinhos com mais de 85 pontos e menos de 90, premiou o doispontocinco Síria Branco (2017), da 2.5 Vinhos de Belmonte; o Aforista Colheita Tardia (2017), da Aforista; o Pinhel 250 Anos Premium Tinto (2017) e o Pinhel Grande Escolha Síria (2018), ambos da Adega Cooperativa de Pinhel; o Quinta da Caldeirinha Biológico Syrah Tinto (2013), da Quinta da Caldeirinha; o Quinta da Biaia Biológico Branco (2017), da Quinta da Biaia; o Quinta dos Currais Reserva Tinto (2014) e o Synfonia Reserva Tinto (2016), da Adega Cooperativa de Pinhel. A Escolha no Feminino distinguiu com ouro o Quinta dos Currais Colheita Selecionada Branco (2017); o Boa Pergunta Branco (2017), o Pinhel 250 Anos Premium Tinto (2017), o Synfonia Reserva Tinto (2016), o Quinta da Caldeirinha Biológico Syrah Tinto (2013), o Quinta dos Termos Reserva Touriga Nacional Tinto (2016), o Convento de Aguiar Reserva Tinto (2015), o Beyra Superior Tinto 2017) e o Aforista Colheita Tardia (2017).
Para Rodolfo Queirós, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), sediada na Guarda, estes prémios são «mais um contributo» para a afirmação dos vinhos da região no mercado nacional e internacional». O responsável adiantou que a produção deste ano deve registar um aumento de 35 por cento face a 2018. «Houve alguns prejuízos de geada numa fase muito inicial, mas não foram muito significativos e, portanto, esperamos ter um ano de produção mais ou menos normal. Este acréscimo não é mais do que o decréscimo que tivemos, sobretudo no ano passado, principalmente devido à incidência de míldio e também ao escaldão registado em agosto de 2018», disse Rodolfo Queirós.
Em termos qualitativos, as previsões também apontam para um ano «bastante bom», com o presidente da CVRBI a admitir que a chuva que caiu há cerca de quinze dias contribuiu para «a reposição dos teores de humidade nos solos, para que as uvas tivessem uma maturidade mais correta». A Comissão Vitivinícola aponta para uma colheita de «cerca de 21 milhões de litros de vinho» – cerca de 28 milhões de quilos de uvas – de Denominação de Origem Controlada (DOC) Beira Interior, Indicação Geográfica (IG) Terras da Beira e vinhos de mesa. Rodolfo Queirós acrescentou que alguns produtores da zona sul desta região vitivinícola já começaram a vindimar, mas na zona norte as vindimas só estarão «em força dentro de uma semana, mais ou menos».

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Luís Martins

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